terça-feira, 27 de abril de 2010

2º dia Dragão Fashion

Pois bem, segundo dia do Dragão bombando, muita gente bonita e antenada transitando pelo evento, muita espera logo no primeiro desfile do dia, longas filas e calor pra completar o pacote. Devido esse atraso de mais de 1hr no início, atrapalhou todo o resto do cronograma, tanto que os últimos desfiles estavam com atrasos de praticamente 2 hr e por isso não pude assistir aos 2 últimos... =/


Mas assim começou o dia 26/04 do Dragão Fashion:
Madame Surtô nos trouxe muitas estampas étnicas, bordados e pedrarias com motivos geométricos, um incrível patchwork de estampas que enchiam nossos olhos de cor, assim como deveria ser a intenção da estilista ao nos colocar uma coleção intitulada Olhar Viajante. Mistura de povos, de texturas, de cinturas marcadas X longos caftans, de brilhos e paetês X transparência e delicadeza de babados. @s modelos desfilaram descalç@s e os adereços de palha nos tornozelos nos inspirava um pouco das tribos indígenas e africanas.




Tendo como inspiração a história de Arthur Bispo do Rosário, Francisco Matias nos traz a coleção Pequenos Surtos. Um misto entre o que seria loucura e o que seria arte, os grandes laços, drapeados, trançados de cetim e tricô, nos levam a um universo paralelo que se completa com a estrutura de espelhos instalada na boca de cena de onde @s model@s entram e saem. As malhas de Matias são vazadas, com um aspecto grunge, assim como os saltos altíssimos com aplicações de tachas. Mas ele utiliza também tecidos leves e fluidos, e a modelo parece estar voando em algum sonho ou delírio esquizofrênico de Bispo do Rosário.




Boudoir Grunge, esse é o tema do duo MarcusSoon, uma mulher cheia de atitude mas que não deixa de esbanjar sensualidade é a proposta desta coleção. Muitas aplicações de renda, transparência, meias-calças, destaque para os ombros bem marcados, as cinturas altas, vestidos e casacos oversized, sobreposições de tule, saias rodadas e babados. Malhas cinza mescla também estão presentes na coleção, assim como o tricô que parece estar sendo o queridinho das passarelas; cores neutras como o preto, branco, nude e rosa gelo são as principais da cartela. Detalhe para os sapatos da Melissa, principalmente o bicolor que tem a assinatura de Alexandre Herchcovitch.



A coleção de Adriana Piorski faz referência ao conto de fadas Quebra-Nozes, uma caixa mágica instalada na passarela contribuía no clima história infantil. Suas peças vieram com babados, cores pastéis retiradas do arco-íris simbolizavam o lado do bem, já as mais escuras, o lado dos vilões. A tricoline, já utilizada pela marca, se juntou à organza, ao tule e também à malha; sobreposições, amarrações, renda, poá, xadrez, ombros com volume, drapês, cintura alta, foram algumas tendências desfiladas. Os abotoamentos com cara militar vieram para caracterizar os soldadinhos de chumbo do conto, assim como os bottons que lembravam patentes. Outro detalhe interessante foram os colares de madeira com a silhueta de bailarinas, simbolizando a doce menina que só queria dançar.




Sá. Maria trouxe a coleção Tempo dos Sonhos, com uma simbologia referente aos elementos primordiais: terra, fogo, água e ar, a coleção veio cheia de texturas, drapeados, pregas, ombros estruturados, modelagens diferenciadas, golas trabalhadas, profusão de tecidos, volumes e sobreposições. Tafetá, chiffon, musseline e seda foram tecidos utilizados; já a cartela de cores remete aos tons terrosos, como marrom, verde musgo, preto e azuis. Zípers invisíveis eram responsáveis pelo fechamento das peças.


fotos por Roberta Braga

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